28 de Outubro de 2014

Medicina Chinesa na Medicina Convencional

Antagonismo ou Complementaridade

Há quem defenda a acupunctura inserida na medicina convencional, destituindo-a de todo um saber e experiência acumulada durante cerca de 5000 anos, isto porque evidenciam os seus resultados, mas os seus pressupostos não se enquadram dentro dos da medicina convencional.

É dogmático quem assim pensa, fechado num pensamento padrão que não admite qualquer outro pressuposto a não ser aquele em que ele próprio acredita, considerando que tudo o que foge à sua normalidade é falsidade, ilusão ou crendice.

Ouvem-se “entendidos” das chamadas ciências exactas, falarem de acupunctura desassociando-a da medicina tradicional chinesa, sem terem a mínima ideia de que consiste num sistema médico completo, desconhecendo a sua história, evolução e reais resultados ao longo de centenas de anos.

A regra básica do conhecimento científico, consiste na observação, na hipótese, na experimentação e na conclusão, avançando de forma não linear, por saltos qualitativos numa busca renovada por um conhecimento universal, que deve exigir um espírito aberto a novas ideias, mas sem esquecer a base sólida que nos é dada pelo conhecimento e experiência adquirida ao longo de centenas de anos.

Os mais que comprovados sucessos da medicina tradicional chinesa (fitoterapia e acupunctura) no tratamento dos mais variados tipos de doenças (agudas e crónicas), por vezes tornando-se mais eficaz que a própria medicina convencional, deveria ser motivo mais do que suficiente para ser levada a sério e exigir uma atitude de expectativa em vez de uma atitude de desdém e descrença total, contrária à própria ciência

O caminho sensato a seguir, seria a complementaridade da medicina tradicional chinesa e todo o seu saber e experiência acumulada ao longo de milhares de anos, com a tecnologia e conhecimentos da medicina convencional.

Fernando M. Caló Viola - Naturologista

 

26 de Outubro de 2014

Kuatsu

Técnica de reanimação

O tema em causa é exposto neste artigo uma vez que não se relaciona somente com a prática das artes marciais, como relaciona-se também com cuidados de saúde, nomeadamente na prestação de primiros socorros.

A técnica denominada por kuatsu consiste então na estimulação de determinados pontos do corpo humano através de pancadas e pressões, bem como através da reposição de articulações e execução de massagens respiratórias, visando a reanimação e recuperação do atleta, normalmente utilizada por instrutores de artes marciais em incidentes traumáticos ocorridos durante os treinos.

As artes marciais são desportos que pela sua natureza exigem contacto físico entre atletas, resultando por vezes, involuntariamente, em lesões que necessitam de socorro imediato.

A intervenção rápida aos vários tipos de traumatismos, perdas de consciência ou paralisia de áreas atingidas é executada através da técnica de kuatsu, que não dispensa obviamente posteriores cuidados médicos.

O kuatsu tem sido estudado e aplicado ao longo de vários anos por mestres de artes marciais japonesas, envolvendo conhecimentos de anatomia e fisiologia e deveriam continuar a ser transmitidos a todos praticantes que atingiam o grau de “Dan”.

A técnica kuatsu, também designada por “kappo” teve a sua origem nos meridianos e pontos de acupuntura, ajudando a reanimar quem foi sufocado através de estrangulamento, quem sofreu golpe traumático na zona do diafragma, plexo solar ou órgãos genitais, a travar hemorragias nasais assim como outras lesões comuns a este tipo de desporto.

Fernando M. Caló Viola - Naturologista

 

10 de Outubro de 2014

Homeopatia em lesões desportivas

O presente artigo debate-se sobre o uso de remédios homeopáticos em dores, torções, traumatismos, distensões e outros problemas que ocorrem no sistema muscular e esquelético.

As lesões desportivas são provocadas por métodos inadequados de treino, alterações estruturais que sobrecarregam mais determinadas partes do corpo do que outras ou pela fraqueza muscular, tendinosa e ligamentar, sendo que muitas dessas lesões são causadas pelo desgaste crónico ou por lacerações, que são recorrentes nos movimentos repetitivos.

O indivíduo que se exercita não permite por vezes uma recuperação adequada após uma série de exercícios ou não pára de se exercitar mesmo sentindo dor. Todas as vezes que os músculos são sobrecarregados por um período de exercícios intensivos, algumas fibras musculares são lesadas e outras utilizam sua energia disponível, que foi armazenada sob a forma de glicogênio (carboidrato).

São necessários pelo menos três dias para que as fibras musculares cicatrizem e para que o glicogénio seja reposto.

Como somente as fibras não lesadas e nutridas funcionam adequadamente, os períodos de exercícios intensivos, com pequenos intervalos de repouso, acabam exigindo um trabalho comparável por parte de uma menor quantidade de fibras saudáveis, aumentando a probabilidade de lesão.

A dor que precede a maioria das lesões por desgaste e laceração, ocorre pela primeira vez quando um certo número de fibras musculares e de tendões começa a se romper. A interrupção do exercício ao primeiro sinal de dor limitará a lesão dessas fibras, resultando em uma recuperação mais rápida. A continuidade do exercício com dor acarretará a laceração de mais fibras, agravando a lesão e retardando a recuperação.

No que respeita a anormalidades estruturais, as lesões desportivas acontecem devido ao esforço desigual de várias partes do corpo.

A titulo de exemplo, um indivíduo cujas pernas apresentem comprimentos diferentes, uma maior força é exercida sobre o quadril e o joelho da perna mais longa. Habitualmente correr em praias podem apresentar o mesmo efeito uma vez que o acto de pisar repetidamente com um pé sobre uma superfície um pouco mais elevada aumenta o risco de dor e de lesão desse lado do corpo.

O factor biomecânico causador da maioria das lesões do pé, da perna e do quadril é a pronação excessiva (rotação interna dos pés após eles entrarem em contato com o chão), contudo um certo grau de pronação é normal e previne as lesões uma vez que ele ajuda a distribuir a força por todo o pé.

Os músculos, os tendões e os ligamentos sofrem lacerações quando submetidos a forças superiores à sua força intrínseca, podendo ser lesados quando são muito fracos ou tensos para o exercício que está sendo tentado. As articulações apresentam uma maior propensão à lesão quando os músculos e os ligamentos que lhes provêem sustentação são fracos, como ocorre após um entorse.

Para diagnosticar uma lesão desportiva ou qualquer lesão músculoesquelética, questiona-se o paciente quando e como a lesão ocorreu e quais foram as atividades recreativas e ocupacionais realizadas recentemente ou de maneira rotineira, realizando-se igualmente um exame da área lesada.

O paciente pode ser encaminhado a um especialista, para a realização de exames mais detalhados como a radiografia, a tomografia computadorizada, a ressonância magnética, a artroscopia ou a eletromiografia.

Como medida preventiva é necessário um bom aquecimento antes do início de um exercício extenuante, bastando para isso a prática do exercício a um ritmo relaxado durante dez minutos, aumentando desta forma a circulação sanguínea e aquecendo os músculos o suficiente para torná-los mais flexíveis e resistentes à lesão.

O exercício não deve também ser interrompido abruptamente pois o sangue acumula-se nas veias das pernas reduzindo o fluxo sanguíneo á cabeça que pode levar à tontura ou ao desmaio.

A paragem gradual do exercício físico auxilia na eliminação de produtos metabólicos dos músculos (ácido láctico), não impedindo o surgimento de dor muscular que é causado pelas fibras musculares lesadas.

Os alongamentos não evitam as lesões, mas alongam os músculos de forma a que possam contrair mais eficazmente e apresentar um melhor desempenho.

O tratamento imediato para quase todas as lesões desportivas consiste no repouso, na aplicação de gelo, na compressão e na elevação para que seja minimizado o sangramento interno e o edema e também para se evitar o agravamento da lesão. O gelo produz constrição dos vasos sanguíneos, ajudando a limitar a inflamação e a reduzir a dor.

O enfaixamento da parte lesada com uma faixa elástica faz a compressão e a elevação da mesma em um nível acima do coração ajuda a limitar o edema.

O gelo também limita a destruição dos tecidos através do abrandamento dos processos celulares, no entanto a sua aplicação durante muito tempo pode produzir lesão tissular devendo por isso ser removido após dez minutos e novamente aplicado após um intervalo.

As injeções de corticosteróides na zona lesada aliviam a dor, reduzem o edema e em alguns casos, podem ser um adjuvante útil ao repouso, podendo contudo retardar a cura, aumentar o risco de lesões tendinosas e cartilaginosas, permitindo que o indivíduo use a articulação lesada antes de estar totalmente curada, o que acontece com frequência no desporto de alta competição.

Aconselham-se para a fase de recuperação de lesões desportivas tratamentos manipulativos como Shiatsu, Tuiná, Osteopatia, Quiroprática, Fisioterapia em complementaridade com a Medicina Chinesa (Acupuntura e Fitoterapia) ou Homeopatia.

A duração dos tratamentos dependerá da gravidade e da complexidade da lesão. A atividade responsável pela lesão deve ser evitada até a sua total recuperação, previlegiando-se atividades substitutas que não sobrecarreguem a parte lesada, uma vez que a abstenção de todas as atividades físicas fazem com que os músculos percam massa, força e resistência.

Apresentam-se em seguida alguns remédios homeopáticos úteis no tratamento de lesões desportivas:

Arnica montana

Arnica é essencial para todas as formas de traumas, incluindo lesões nos tecidos moles, quedas, pancadas, contusões, entorses, distensões, ossos partidos e excesso de esforço.

Ruta graveolens

A Ruta é altamente eficaz em casos de lesões em ossos, articulações e tendões que apresentam feridas, com especial afinidade pelos tendões flexores dos tornozelos e punhos. É útil em caso de dores no nervo ciático, quando as dores são piores à noite, quando se está deitado e na fraqueza após entorses e distensões.

Symphytum 

Symphytum é particularmente útil em lesões nos ossos, cartilagens e periósteo quando há dor excessiva, bem como em lesões antigas que não cicatrizaram muito bem. É importante em fraturas em que há sensação de formigueiro e pontadas que persistem mesmo após a lesão ter cicatrizado.

Hypericum perforatum

Hypericum é um dos melhores remédios para nervos lesionados, especialmente em áreas sensíveis como os dedos das mãos, dos pés e em baixo das unhas. É útil em lesões de esmagamento, lacerações dolorosas e quando dores agudas, penetrantes, violentas e intoleráveis estão presentes.

Rhus toxicodendron

Rhus tox é útil em casos em que há dor e rigidez muscular e articular, ajudando em distensões e estiramentos causados por esforço excessivo ou por ter suportado excesso de peso.

Bryonia alba

A bryonia ajuda quando há envolvimento de toda a cápsula articular e mesmo o menor dos movimentos é intensamente doloroso. É uma óptima ajuda em casos de dor no nervo ciático que melhora quando se deita virado para o lado que doloroso.

Fernando M. Caló Viola - Naturologista

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